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Daoud: Como cozinhar se o gás está mais caro que o auxílio emergencial?

Segundo o comentarista do Canal Rural, o aumento no preço do gás natural em 39% pode diminuir os benefícios do auxílio emergencial

Nesta quarta-feira, 7, durante a cerimônia de posse do novo diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), o presidente Jair Bolsonaro criticou os reajustes realizados pela Petrobras no preço do gás natural. “É inadmissível se anunciar agora o reajuste de 39% no preço do gás. Que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil num período de três meses? Podemos mudar essa política de preço”, disse o presidente.

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o presidente Jair Bolsonaro tem razão em discordar do aumento do preço do gás. “O gás é o principal insumo [para o brasileiro], não adianta distribuir alimento se a pessoa não vai poder cozinhar esse alimento. O gás que vem aqui da área do pré-sal e o dinheiro que foi ali investido, basicamente foi quase todo do povo brasileiro que se dispôs a investir para ter esse recurso. Agora a Petrobras tem um contrato com um aumento de 40%. Como vai cozinhar se o botijão está mais caro que o auxílio emergencial?”, diz.

O comentarista ainda afirma que a diretoria da Petrobras deve usar o bom senso nas tomadas de decisão. “Nós vivemos uma pandemia com mais 4 mil mortes por dia, a economia está parada e agora a Petrobras aumenta em 40% o preço do gás por conta de contratos. A questão não é interferir na Petrobras, mas sim uma questão de bom senso da diretoria da estatal em interpretar a realidade que o povo brasileiro está vivendo. Já não tem vacina, os hospitais lotados, pessoas morrendo e não temos medicamento. As pessoas não tem o que comer e a Petrobrás aumenta o preço do gás”, pontua Daoud.