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Tempo

Risco de geada para o milho segunda safra em MS aumenta por conta do La Niña

Umidade pode ser uma dificuldade maior do que as baixas temperaturas previstas para Mato Grosso do Sul e Paraná em maio e junho

Um estudo estatístico da Embrapa Agropecuária Oeste alertou nesta semana que há 75% de probabilidade de ocorrência de ao menos um episódio de geada de qualquer intensidade em junho deste ano em Mato Grosso do Sul. A projeção é por causa do fenômeno La Niña, que deve prosseguir neste primeiro semestre.

No ano passado, o sul de Mato Grosso do Sul também registrou geadas que haviam sido previstas em janeiro. O fenômeno, de forte intensidade, ocorreu no dia 30 de junho, quando as temperaturas mínimas foram de 0,8 °C em Ivinhema, 0,3 °C em Dourados e -2,1 °C em Rio Brilhante. Em anos de La Niña é mais comum termos episódios de frio intenso até mais precoce.

Segundo o estudo, não há indicativo da intensidade, se pode ser uma geada fraca, moderada ou forte. “Dependendo da cultura ou intensidade, se a geada for fraca por exemplo, não há dano e, se for forte, pode ser que aconteça no milho o mesmo que aconteceu no ano passado”, diz o meteorologista Celso Oliveira, do Agroclima.

Segundo ele, outro ponto importante a ser analisado é que não só em Mato Grosso do Sul, mas em todo o Brasil, diferentemente do ano passado, que o milho segunda safra vai ser instalado bem mais cedo neste ano.

“Caso a gente tenha uma geada idêntica àquela que aconteceu no ano passado, o estrago vai ser menor porque uma boa parte do milho vai estar em um processo próximo da colheita”, afirma Oliveira. Só se tivéssemos uma geada forte na segunda quinzena de maio é que teríamos uma perda maior.

“Não deixa de ser um alerta, mas acredito que não vá se repetir o mesmo dano que no ano passado por conta da janela de plantio. A safra de soja foi instalada antes neste ciclo e a de milho segunda safra também será, fugindo assim do frio mais intenso”, completa o meteorologista.

De acordo com as projeções climáticas, é a umidade que representa um problema maior, e não o frio. Até existem volumes previstos maiores de chuva em estados que sofrem com a estiagem, como é o caso de Mato Grosso do Sul e Paraná em relação à quantidade registrada nos meses anteriores. No entanto, é muito comum, em anos de La Niña, termos estiagem em março, abril e primeira quinzena de maio nesses dois estados.

“Não acho que teremos quebras tão grandes quanto no ano passado, mas Mato Grosso do Sul e Paraná devem enfrentar irregularidade na chuva durante parte do ciclo do milho”, diz Celso Oliveira. Segundo ele, a umidade volta a aparecer com mais frequência na segunda quinzena de maio para esses dois estados, juntamente com as ondas de frio.

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