Produtores rurais temem a falta de glifosato, que é um dos defensivos agrícolas mais utilizados na hora do plantio. A Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) alega que o desabastecimento não vai comprometer a safra atual. Contudo, pequenos produtores se mostram preocupados, pois temem ser os mais prejudicados.
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Para o comentarista do Canal Rural Glauber Silveira, o transporte e logística de defensivos agrícolas têm refletido nos preços. “O que tem acontecido é uma especulação no mercado, devido ao aumento do frete e um problema na questão de contêineres. Devido a esse movimento, as empresas muitas vezes têm um glifosato que custa US$ 5 por quilo, mas colocam o produto à venda por US$ 10. O que reflete nessa especulação de aumento dos preços do defensivo”, afirma.
Silveira ainda ressalta que o movimento de compra antecipada de defensivos agrícolas tem reduzido o glifosato disponível no mercado, mas entidades do setor garantem o abastecimento do herbicida. “Os produtores, muitas vezes preocupados, começaram a fazer contratos para 2022/2023. Isso causa uma sobreposição de safra, criando uma expectativa de falta de produto. A glicina, princípio ativo básico para o glifosato, é produzida no próprio Brasil”, complementa o comentarista.
Ele ainda aconselha o produtor a não se basear em afirmações sem fundamento e a não se arriscar em compras antecipadas sem necessidade. “O produtor tem que ficar atento para evitar essa questão de sair correndo atrás. Não faça isso porque você pode prejudicar todo mundo. O mercado está abastecido para a próxima safra, mesmo com o problema de falta de contêineres”, conclui.