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Glifosato não tem substituto caso seja banido

Embrapa Soja fala sobre a ação do Ministério Público em que pode banir o uso do glisofato no paísEm entrevista ao Mercado & Companhia desta segunda-feira, 27, o pesquisador da Embrapa Soja, Dionísio Gazziero, avalia os impactos que o banimento no uso do glifosato pode ter na agricultura brasileira. Além disso, no país não há produto que possa substituir o agroquímico. Apesar dos riscos apontados em um estudo ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), para o pesquisador, o aplicador deve fazer uso correto do glifosato.

– Sempre que você usa de forma adequada um produto, respeitando a Instrução Normativa do próprio governo, você minimiza esses riscos. E há também um manual com as instruções de uso deste produto. O aplicador precisa seguir as orientações e fazer o uso correto.

Ainda de acordo com Gazziero, caso o produto venha a ser banido, o setor terá um grande impacto econômico.

– Esse estudo cai como uma bomba na agricultura e ela será muito impactada caso o glifosato seja banido. Aproximadamente, 94% da nossa soja são cultivadas com a tecnologia RR. Sendo banido, vamos ter que voltar ao plantio convencional. O país está preparado para isso? E tem o plantio direto. Jogaríamos por terra todo um trabalho feito com essa técnica – declara o pesquisador.

Com a possibilidade de banimento, Gazziero alerta que não há alternativa de produto.

– Não temos no Brasil um produto a altura do glifosato. Até temos produtos similares, como o amônio-glufosinato. Porém, ele e alguns outros produtores têm um custo elevado e não dá conta de atender toda a demanda.

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