Começou nesta segunda-feira, dia 29, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a 25ª edição da Agrishow, a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina. Durante a abertura do evento, a ministra Tereza Cristina anunciou a destinação de R$ 500 milhões no atual Plano Safra para o programa Moderfrota, cujos recursos haviam se esgotado em dezembro. A ministra também declarou que mais R$ 1 bilhão em financiamento do Banco do Brasil e R$ 1 bilhão para o seguro rural do Plano Safra 2019/2020 serão liberados.
No evento com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, a ministra afirmou que o fato de os produtores terem utilizado todo o orçamento significa que estão confiantes no setor, investindo em máquinas e equipamentos.
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“Tira daqui, põe lá, raspamos o tacho para atender a essa demanda”, disse Tereza Cristina sobre o financiamento que é concedido por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socia (BNDES).
Ela também adiantou que o Plano Safra 2019/2020, a ser divulgado em 12 de junho, deverá agradar aos produtores. “Estamos em tratativas com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que nosso orçamento contemple as principais reivindicações do setor e acredito que todos os senhores terão uma surpresa agradável”, comentou a ministra.
“O presidente herdou um orçamento apertadíssimo, engessado. Mas estamos nos reunindo semanalmente e tendo a parceria do ministro Paulo Guedes (Economia) com a agropecuária brasileira. Então, vocês terão surpresas agradáveis”, prometeu.
A ministra destacou, como fez também Jair Bolsonaro, em seu discurso, a existência de sintonia entre os ministros. “O presidente mudou a história ao pôr um ministro do Meio Ambiente (Ricardo Salles) e da Agricultura em perfeita sintonia, em prol do desenvolvimento e da sustentabilidade do país”.
A apresentadora Kellen Severo esteve no evento e entrevistou Ronaldo Pereira, gerente de vendas da LS Tractor, que analisa a iniciativa do governo. “O setor está com a demanda reprimida, e esperávamos um anúncio de R$ 2 bilhões, até porque R$ 500 milhões não alivia em nada nossa situação”, diz.
“Essa verba vai atender somente às demandas que já estão em pedido nos bancos. Para os novos negócios aqui da feira pouco resolverá”, afirma Pereira.