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Governo autoriza importação de café conilon do Vietnã

Ficou definido que as empresas de café solúvel não poderão importar volumes superiores a 500 mil sacas, o que representa menos de 5% da produção nacional

Fonte: Governo do Espírito Santo/divulgação

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) comunicou que, após receber pedidos de importação de café conilon produzido no Vietnã, por meio de drawback, decidiu aprovar quatro pedidos de ato concessório visando a importação do café verde e posterior exportação do café solúvel. Segundo a pasta, o volume aprovado é de 5.893 sacas de 60 quilos.

Ficou definido que as empresas de café solúvel não poderão importar volumes superiores a 500 mil sacas, o que representa menos de 5% da produção nacional, de forma a complementar a oferta interna

Segundo o MDIC, embora as autorizações para o uso do drawback já estejam acontecendo, ainda não houve importação efetiva de café verde no Brasil, ou seja, nenhuma saca de café conilon chegou a ser desembarcada em solo brasileiro.

Queda na exportação

A exportação brasileira de café em abril alcançou 2,126 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de 13,5% em comparação com igual mês do ano passado. A receita cambial atingiu US$ 369 milhões, uma alta de 2,7% na mesma base de comparação. Já o preço médio da saca foi de US$ 173,63, um aumento de 18,7% em relação a abril de 2016. Os números fazem parte de levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta quarta-feira, dia 10.

“O registro das exportações de abril segue dentro do cenário previsto na entressafra, com reflexo da redução da produção da safra atual, como também dos estoques existentes”, disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em comunicado.

Segundo ele, esse quadro deve se manter até a entrada da nova safra (2017/18), por conta da menor oferta. “Além disso, vale ressaltar que a receita obtida em dólares foi superior à de abril de 2016, resultado dos preços superiores por saca”, afirmou Carvalhaes.

No acumulado do ano safra 2016/17, as exportações brasileiras de café apresentaram queda de 8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cambial entre julho-2016/abril-2017, no entanto, totalizou um aumento de 4,1% com valor acima de US$ 4,8 bilhões e o preço médio da saca em US$ 171,83.

Os primeiros quatro meses de 2017 acompanharam o movimento de baixa, com o total de exportações declinando 10,2% na comparação com o mesmo período de 2016, para 10,15 milhões de sacas. A receita cambial no período foi positiva, com crescimento de 7,2%, somando US$ 1,78 bilhão, com o preço médio da saca a US$ 175,45. 

Os cafés verdes alcançaram, em abril, um total de 1,868 milhão de sacas, sendo 1,841 milhão de arábica e 26,6 mil de robusta. O total do café industrializado ficou em 257,9 mil sacas, uma queda de 6% em relação à igual mês de 2016, sendo 256 mil sacas de café solúvel e 1,9 mil sacas de café torrado e moído.

No total, entre janeiro e abril de 2017, os Estados Unidos seguem na liderança como o país que mais recebeu café exportado do Brasil, representando 19,4% dos embarques no período (1,96 milhão de sacas). A Alemanha aparece na sequência, com 18,8% (1,90 milhão de sacas). Itália, Japão e Bélgica também têm destaque no ranking, com 9,8% (990.374 sacas); 7,1% (717.487 sacas) e 6,2% (630.392 sacas), respectivamente.

No acumulado do ano, o Porto de Santos (SP) segue como principal via de escoamento da safra para outros países, com 87,5% de participação, sendo 8.88 milhões de sacas embarcadas. Os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar, com 9,1% de participação nos quatro primeiros meses do ano (925.368 sacas).

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