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Agronegócio

Grãos, carnes e leite puxam inflação em janeiro; confira tendência para 2021

Em janeiro de 2020, a variação havia sido de 0,21%. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos 12 meses anteriores

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,25%, 1,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (1,35%). Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a variação havia sido de 0,21%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,02%) e o maior impacto (0,22 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas.

A pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Nicole Rennó explica que apesar da pequena variação, quase a totalidade pode ser atribuída ao grupo de alimentos e bebidas, e dentro desse grupo, os movimentos de preços ao longo de janeiro foram bem diversos. “A carne bovina preços registrou preços  praticamente estáveis. Já a suína recuou e a de frango valorizou. No mercado de grãos, o arroz e feijão estão mais caros assim como alguns produtos do setor de hortifrúti como batata, tomate, cebola, alface”, afirma ela.

“Pensando no grupo de leite e derivados, teve queda para o leite longa vida e derivados subiram em janeiro. Para os próximos meses, a expectativa é de preços com patamares ainda mais elevados, respondendo principalmente as perspectivas de demanda externa aquecida e real desvalorizado.  A força do impacto dos alimento no IPCA vai depender também da resposta do consumo domestico, que por sua vez depende da velocidade da vacinação, da retomada da economia, assim como as decisões da prorrogação ou não do auxilio emergencial”, enfatiza Nicole.

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