O parlamento da China aprovou nesta quinta-feira, 28, a resolução que autoriza o comitê permanente a elaborar uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong. A decisão de Pequim ocorre após o secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmar que Hong Kong não dispõe mais de autonomia em relação à China, o que pode retirar do território o status comercial e financeiro preferencial que tinha sob a legislação americana há 23 anos.
A aprovação da resolução acirrou a tensão entre China e Estados Unidos. Segundo declaração do secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, à Fox Business, o presidente Donald Trump já estuda possíveis sanções em retaliação à atitude da China.
Análise
Para a SIM Consult, as ameaças realizadas por Trump contra a China não devem se concretizar. O diretor da consultoria, Liones Severo, argumenta que os Estados Unidos ainda possuem uma necessidade comercial grande dos chineses.
“A China está comprando muito produto americano, navios de soja, sorgo, agora estão procurando trigo, etanol e carne suína. Então o setor produtivo agrícola americano não iria permitir ele fazer outro estrago nessas relações”, diz.
Outro motivo é que, segundo Severo, a economia do país passa por dificuldades por conta dos impactos do novo coronavírus. “Ter um negócio com a China é extremamente importante. O Trump está dizendo que o acordo comercial não interessa a ele, mas interessa ao povo americano, principalmente o do campo”.