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Índios invadem fazenda e agridem família em Mato Grosso do Sul

Caseiro, mulher e três foram mantidos em cárcere privado e agredidos pelos invasores 

Fonte: Deivid Kowald/Arquivo Pessoal

Índios da etnia guarani invadiram na madrugada de sexta, dia 21, para sábado, dia 22, a sede da fazenda Primavera, localizada na cidade de Antônio João, no sudeste do estado de Mato Grosso do Sul, a 150 quilômetros de Dourados. A família do caseiro da propriedade foi mantida em cárcere privado.

Segundo relatos de uma das proprietárias, a advogada e vice-presidente da Comissão do Agronegócio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso do Sul, Luana Ruiz Silva, e do Departamento de Operações da Fronteira (DOF), entre 40 e 50 índios armados com facas, facões e arco e flecha invadiram a sede da fazenda.

O caseiro e seus dois filhos adolescentes foram amarrados e agredidos pelos invasores. A esposa e o filho mais novo conseguiram escapar por uma janela no fundo da sede. Eles ficaram escondidos dentro da mata adjacente durante toda a madrugada e foram encontrados em uma propriedade vizinha por volta das 8h da manhã de sábado.

Segundo a assessoria de comunicação do DOF, os policiais chegaram ao local às 5h. Os índios liberaram os reféns, mas se recusaram a sair da propriedade. Desde sábado eles bloqueiam estradas que dão acesso a quatro propriedades da família de Luana.

Os índios alegam que as fazendas ficam dentro do território da aldeia indígena Marangatu. A advogada contesta a alegação, dizendo que um estudo da Fundação Nacional do Índio (Funai) determinou que uma área de 10 mil hectares na região, onde estão localizadas nove propriedades e um distrito com 40 famílias vivendo, como propriedade indígena, mas não foi corroborada pela Justiça.

De acordo com ela, em 1998, a fazenda foi invadida e ficou acertado que os índios ocupariam 30 hectares do local até que a Justiça decidisse sobre a posse final. Luana diz que o estado expediu direitos de propriedade da fazenda há 100 anos. 

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