Os desdobramentos da COP 26 ainda seguem no radar do Brasil e do mundo para que as soluções sustentáveis sejam colocadas em prática. Para trazer mais transparência às contribuições do café produzido no país à Agenda Socioambiental, uma das iniciativas do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) é medir o balanço líquido das emissões de gases de efeito estufa nas principais origens de Minas Gerais, o maior estado produtor de café no país.
Para a gestora de sustentabilidade do Cecafé Silvia Pizzol, o Conselho tem acompanhado as tendências do mercado internacional, já que as pautas climáticas vêm sendo debatidas fortemente no cenário internacional, com grande destaque para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26).
“Desde o início do ano já havia essa expectativa, era justamente a definição de regras para a operacionalização do mercado de carbono. Nesse sentido, a responsabilidade do Cecafé, é buscar de alinhar com essas tendências internacionais, além de uma estratégia de integração da agenda internacional do carbono e de créditos”, explica.
Pizzol ressalta que esse estudo vai identificar a capacidade de sequestro de carbono da atmosfera pelo solo e pelas plantas nas principais regiões mineira produtoras de café. “O cálculo de sequestro de carbono, tanto no solo quanto nas plantas, são analisados através de amostras de solo e cafeeiros que são levados para laboratórios para analisar o quanto de carbono está sendo sequestrado. Além disso, a pesquisa ainda calcula o carbono estocado em áreas de vegetação nativa dentro de propriedades rurais”, diz a gestora.
A pesquisa do Cecafé, selecionou 40 fazendas produtoras de café, sendo 20 no sul de minas, 10 no cerrado e 10 nas matas mineiras. Pizzol diz que todas as metodologias e critérios técnicos utilizados na pesquisa são validadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).