A colheita da soja já começou em algumas áreas de Mato Grosso desde o fim do ano passado. Quem plantou a soja mais cedo está visando o plantio da segunda safra de algodão de olho nas boas janelas climáticas para os trabalhos de campo. A colheita deve ganhar ritmo acelerado a partir da segunda quinzena de janeiro, mas, o grande problema é que para este período está previsto uma invernada que pode afetar os trabalhos de campo.
Muitos produtores tardaram o plantio da safra 20/21 justamente por causa do atraso das chuvas na primavera. Já neste fim de semana, as áreas de instabilidade vão aumentar principalmente entre Mato Grosso e Goiás. Durante a semana a chuva ocorreu de maneira mais intensa em Mato Grosso do Sul. “Esta chuva mais constante da semana que vem tem dois lados: ajuda quem está com a soja em fase desenvolvimento final e ainda precisa de umidade e pode prejudicar quem já está colhendo”, explica Willians Bini, da Somar Meteorologia.
O sábado, 9, será com pancadas mais fortes de chuva em Goiás. As chuvas ocorrem em pontos isolados, ganhando intensidade à tarde, com riscos de temporais, com rajadas de vento e raios. Atenção aos volumes de chuva elevados que já começam no sudeste do Mato Grosso e em Goiás, que devem causar alagamentos e transbordamento de rios, além de deslizamentos de terra. E neste caso tem a influência do Vórtice Ciclônico nos médios níveis da atmosfera, que tem seu centro em Minas Gerais. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a chuva também vem em forma de temporais, característicos do verão, mas com curta duração, algumas trovoadas e menores acumulados.
No domingo é a vez da chuva aumentar no sul de Mato Grosso, especialmente em Cuiabá. Os temporais também continuam sobre Goiás e Distrito Federal. Isso pela influência da alta umidade e de um vórtice ciclônico nos médios níveis da atmosfera, que avança para a região de Goiás e proximidades. Em Mato Grosso do Sul, sol, tempo abafado e muito quente, com pancadas rápidas de chuva à tarde, em forma de temporais com trovoadas.
A tendência é de uma chuva com mais de 200 milímetros em diversas áreas de Mato Grosso, incluindo grandes cidades produtoras como Primavera do Leste. “Vemos grande variação do volume diário de chuva, mas sem janelas de tempo seco o que seria o ideal para os trabalhos de campo”, finaliza Bini.