A formação da Zona de Convergência Intertropical (ZCAS) provocou chuva em várias áreas do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A temperatura caiu no Sul e chegou a 6 °C em Urupema, na serra catarinense. O frio tardio é uma assinatura bem típica do fenômeno La Niña.
De acordo com a Somar Meteorologia, já há a previsão da formação da invernada instalada que canaliza a umidade da Amazônia, atravessando o Brasil. “A invernada é um termo mais usado na agricultura e representa um período de quatro dias ou mais de tempo fechado e com temperaturas baixas para a estação. Como estamos agora no verão, é incomum termos máximas mais amenas”, diz a meteorologista da Somar Fabiene Casamento.
Verão começa com invernada: chuva pode chegar a 150 milímetros em 7 dias
O volume previsto para os próximos três dias será excessivo em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, alcançando áreas de café conilon. Em sete dias, pode chover 125 milímetros. Posteriormente, a chuva migra para parte do Centro-Oeste com o mesmo volume.
Por conta desse tempo fechado, no Sudeste e em parte do Centro-Oeste, as temperaturas vão ficar mais baixas, tanto nesta terça-feira, 22, como nos próximos dias, em especial em Minas Gerais, parte de São Paulo, no Rio de Janeiro, até em Goiás e no Distrito Federal, além de em parte do sul do Espírito Santo. Os ventos podem passar dos 50 km/h pelo Sudeste e no leste do Rio Grande do Sul.
Chuva nos próximos dias
Nesta quarta-feira, 23, as chuvas não param da região Norte até o Sudeste do país. E o destaque ainda é o dia chuvoso e com volumes bem elevados no extremo leste paulista, no estado do Rio de Janeiro, e do centro ao sul de Minas Gerais, passando por Belo Horizonte e Zona da Mata Mineira. Há riscos de raios e granizo também.
Com tudo isso, atenção aos riscos de alagamentos, deslizamentos de terra, e transbordamento de córregos, mas não se descartam danos nas demais áreas, como em grande parte do Centro-Oeste, nas demais áreas do estado de Minas Gerais, em parte do estado de São Paulo, como na sua faixa norte, central e leste, no sul do Espírito Santo, e no sul da região Norte. Nessas áreas a chuva vem na forma de temporais mais intensos com riscos também de raios e eventual queda de granizo no período da tarde.
Também há pancadas fortes de chuva, no decorrer da quarta-feira na faixa que vai do sul da Bahia até parte do Maranhão, pela influência da borda do Vórtice Ciclônico nos Altos Níveis da Atmosfera (VCAN), com riscos de raios, rajadas de vento e até eventual queda de granizo. No centro do sistema, o tempo fica firme, do norte da Bahia ao Ceará e Rio Grande do Norte.
Tempo firme também na faixa que vai do sul do Paraná ao Rio Grande do Sul, por conta da atuação de uma área de alta pressão atmosférica, que traz com ela uma massa de ar mais seco e o frio fora de época.
Entre quarta-feira e o fim de semana, inclusive na véspera e dia de Natal, o tempo instável persiste, com chuva intensa e acumulados altos entre o Norte, Centro-Oeste, Sudeste, faixa oeste e sul da região Norte e parte do Paraná e da faixa leste de Santa Catarina. O alerta para chuva volumosa e riscos para deslizamento de terra e inundações segue em Minas Gerais e no Rio de Janeiro tanto no dia 24 quanto no dia 25 de dezembro. Por outro lado, o tempo firme continua no sertão do Nordeste e em boa parte de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Nestes dois últimos estados, volta a chover somente no decorrer do fim de semana e de forma localizada.
Atenção aos temporais mais fortes, a partir da segunda-feira, 28, em grande parte da região Sul e também em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Além disso, entre o fim deste ano e o início de 2021 tem também a passagem de uma nova frente fria pelo sul do país, o que vai trazer uma boa manutenção hídrica do solo para a soja do estado.