O fenômeno La Niña vai impor ao país uma situação bem clássica durante o verão e o outono. A expectativa é de que, nos próximos meses, haja chuva acima da média, em áreas mais ao norte do país, e abaixo da média em Mato Grosso do Sul, porções de São Paulo e também na região Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul.
De acordo com a meteorologista Desirée Brandt, entre os meses de fevereiro e abril, a previsão também indica precipitações mais abundantes no Norte, e em quantidades abaixo do que seria normal entre Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, sobretudo no oeste desse último estado.
Estiagem
Ijuí (RS), por exemplo, segue com pouca chuva em dezembro e deve registrar volumes acima da média em janeiro. Mas a estiagem retorna em fevereiro, segundo a meteorologia, e a perspectiva é de pouca chuva durante todo o outono.
Já em Chapecó, no oeste catarinense, a chuva também ultrapassa a média em janeiro, com expectativa de 270 mm. Mas também lá retornam as condições para estiagem em fevereiro. Estão previstos para dezembro no município 46 mm de chuva, com alguns episódios rápidos nesta semana, mais uma ocorrência em meados do mês e uma outra na virada do ano.
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O oeste do Paraná também vive um cenário de falta de umidade. Em Cascavel, a chuva não ganha força em nenhum mês do verão ou do outono, com as precipitações ficando abaixo da média em todo o período.
Já Dourados (MS) enfrentará chuvas abaixo da média nas duas estações. A expectativa de volume recebido em dezembro é de no máximo 37 mm. Na região de Lins, no interior paulista, o nível de precipitações fica abaixo da média de dezembro a fevereiro. As condições propícias para chuvas podem aumentar apenas em março.
Uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) mantém a chuva desde o sul da Bahia até a região Norte. Enquanto isso, o tempo fica firme no interior de São Paulo, sul de Mato Grosso do Sul e grande parte do Sul.
Chuva nos próximos períodos
Entre 3 e 7 de dezembro, os maiores acumulados de chuva serão registrados na Bahia, Tocantins, Goiás e, com maior destaque, no centro-norte de Mato Grosso, onde o volume pode chegar a 100 mm. No período seguinte, de 8 a 12 de dezembro, outras zonas de convergência devem se formar, com possibilidade de chuva de mais de 100 milímetros em muitos municípios de Minas Gerais. Já a região Sul deve seguir com poucas condições para precipitações.
