O Departamento de Meteorologia e Oceanografia dos Estados Unidos (NOAA), divulgou nesta quinta-feira, 8, relatório sobre a temperatura do Oceano Pacífico Equatorial. O estudo mostrou que a chance do aparecimento do La Niña aumentou para o fim deste ano em relação à previsão de junho.
“Esse padrão prossegue, pelo ou menos, até janeiro, fevereiro e março de 2022 com potencial de quase 70% de chance de La Niña entre novembro e janeiro. Nas águas mais profundas do oceano ainda não há expectativa de um resfriamento, mas mesmo que eventualmente permaneça a neutralidade com viés frio, os efeitos serão semelhantes, mesmo sem a configuração do fenômeno”, explica a editora-chefe do tempo, Pryscilla Paiva.
O efeito do La Niña será visto apenas durante o período úmido brasileiro e a expectativa é de chuva acima da média no Norte e Nordeste e abaixo da média no Sul e no Mercosul.
“Agora, estamos sob neutralidade, embora a chuva continue abaixo da média no Sul. De qualquer forma, para a agricultura, melhores condições para o desenvolvimento das lavouras no Matopiba são esperadas, embora também exista chance de invernada durante a colheita”, diz Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.
Segundo ele, por outro lado, Sul e Mercosul podem ter perdas pontuais pelas estiagens regionalizadas. “Sudeste e Centro-Oeste ficarão no meio com São Paulo e Mato Grosso do Sul com previsão de estiagens regionalizadas e Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso com chuva mais persistente no próximo verão”, explica ele.