Os Estados Unidos registraram neste início de julho, em geral, chuvas irregulares e abaixo da média. Combinado com o forte calor, isso não oferece condições ideais para o desenvolvimento das lavouras de grãos do Meio-Oeste.
O relatório divulgado nesta segunda-feira, 13, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), já reflete um pouco essa condição: o percentual de áreas de milho e soja em boas ou excelentes condições ficou abaixo de 70%, com uma redução de até 3 pontos percentuais em relação à semana passada.
Algumas áreas dos estados Missouri, Iowa, Kansas, Oklahoma e Minnesota precisam receber cerca de 100 milímetros de chuva, no mínimo, para reverter o déficit hídrico acumulado nas últimas semanas, segundo dados da Somar Meteorologia. Para as próximas semanas, não há indicativos de que o tempo mude ou de que as chuvas possam alcançar este volume.
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Mesmo com previsão da propagação de uma frente fria entre esta quarta, 15, e quinta-feira, 16, as chuvas devem ser irregulares e provavelmente não atingirão todas as regiões produtoras. As preocupações aumentam, pois daqui para frente as lavouras entram na fase crítica de floração, quando os riscos climáticos aumentam em relação à dependência de chuvas mais regulares nesse período.
De acordo com as condições observadas até aqui e considerando as previsões para os próximos dias, é muito provável que, a partir da próxima semana, algumas regiões venham a sentir mais os efeitos de estiagens regionalizadas. “As máximas podem superar facilmente os 35 °C no cinturão de grãos, o que agrava ainda mais esse cenário”, diz Desirée Brandt, meteorologista da Somar.