A empresa Nordic Harvest está construindo a maior fazenda vertical da Europa, em Copenhagen, na Dinamarca. A previsão é de que as obras terminem ainda neste ano. A unidade terá 7.000 metros quadrados (m²), 14 andares e produzirá até mil toneladas de legumes e verduras por ano.
A instalação será equipada com robótica, agricultura hidropônica, 20.000 luzes de LED, software inteligente e outras tecnologias para monitorar digitalmente 5.000 sensores. A fazenda vertical também funcionará inteiramente com energia eólica, reduzindo a pegada de carbono da produção.
A primeira fase da construção já está concluída. A produção de legumes e verduras, inclusive, já começou com capacidade inicial de 200 toneladas anuais.
Fazendas verticais podem revolucionar a agricultura mundial. As principais vantagens são a produção durante todo o ano; não interferência de condições meteorológicas adversas; aproveitamento do espaço; uso mínimo de água; zero pesticidas; e custos de transporte reduzidos.
O rendimento das safras com agricultura vertical também é muito superior ao das fazendas tradicionais até mesmo para grãos. Um estudo mostrou que o trigo cultivado em uma fazenda vertical, em teoria, ter um rendimento até 600 vezes maior do que os métodos atuais.
Mas a agricultura vertical tem grandes custos iniciais de capital e uma série de desafios técnicos envolvendo iluminação artificial, automação e processos de irrigação.
O conceito já é realidade no Brasil, com a Pink Farms, que usa luzes de LED para produzir diversos tipos de folhosas, em São Paulo. São toneladas de produtos por semana, com economia de 25% na água. Segundo a empresa, o resultado são folhosas mais crocantes e saudáveis, que agradaram consumidores, mercados e restaurantes.
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