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Milho

Fórum Mais Milho discute as dificuldades do produtor de milho

Além dos problemas logísticos e sanidade do milho, a estiagem na região Sul deve deixar a produtividade 30% abaixo da média, diz Fecoagro

O primeiro Fórum Mais Milho desta quinta temporada do projeto, aconteceu nesta terça-feira, 16. Entre os temas do evento, a rota do milho, logística, culturas de inverno e sanidade do milho como cigarrinha e podridão foram discutidos.

Um dos parceiros do evento, Cláudio Post, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do estado de Santa Catarina (Fecoagro), reitera que o fórum é de extrema importância para o estado, já que é dependente do milho, principalmente para a geração de ração para a pecuária da região.

O presidente ressalta as dificuldades de logística enfrentados no extremo oeste de Santa Catarina. “A rota do milho já é discutida há vários anos, embora a logística em Santa Catarina não dependa só desta solução, aqui no extremo oeste do estado onde fica a principal criação agropecuária temos uma carência muito forte. A rodovia BR-282 está muito depreciada e sobrecarregada, já a BR-153 nunca foi concluída, faltando ainda um trajeto de Maravilha (SC) até São Lourenço do Oeste (SC). Já a rodovia BR-163 que desde 2013 está em reformas e não foi concluída, está em uma situação muito precária. Estamos a mercê de uma logística e uma das alternativas até o Paraguai seria a rota do milho pela Argentina”, explica Post.

Ainda sobre as dificuldades encontradas na região, ele ressalta a possibilidade de reaproveitar áreas de plantio com culturas de inverno para atender demandas agropecuárias. “Santa Catarina tem em torno de 600 mil hectares que são plantados com soja e que poderiam ser usado com culturas de inverno, a principal cultura seria o trigo, mas devido nosso zoneamento climático essa prática se torna muito complexa e não tem dado segurança para o produtor investir. Mas é uma ideia muito interessante, principalmente neste ano, pois o milho teve perdas consideráveis tanto para a produção de silagem como para a de grãos. Utilizar dessa terra disponível para se produzir biomassa ou até produzir grãos para rações que é um grande projeto deverá ser discutido no fórum”, diz.

Cláudio se mostra preocupado com os problemas de sanidade do milho que impactaram a safra verão. “A estiagem foi muito severa e a produtividade caiu, a previsão da produtividade é abaixo de 30% da média e as safrinhas também estão sendo impactadas pela falta da chuva. Além disso, ainda tivemos o problema da podridão e da cigarrinha, foi o primeiro ano em que os danos foram consideráveis para essa cultura. Devido ao clima seco e mais quente essas pragas se desenvolveram. Precisamos correr contra o tempo e desenvolver tecnologias para mitigar esses problemas”, conclui.

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