– Os últimos 30 dias foram muito chuvosos. A semente é de produção própria, mas o produtor disse ter feito tratamento de sementes, e informou até o produto – explicou Guerra, acrescentando que o agricultor fez três aplicações de fungicidas contra ferrugem, dentre eles os mais eficientes do mercado e que têm ação contra a antracnose.
De acordo com a Embrapa, a antracnose afeta principalmente as plantações de soja nas regiões dos Cerrados. Sob condição de alta umidade, causa apodrecimento, queda ou abertura das vagens imaturas e germinação dos grãos em formação. A patologia pode, ainda, induzir a planta à retenção foliar ou gerar até a perda total da produção. A infecção atinge a haste e outras partes da planta, causando manchas castanho escuras nas folhas. É possível que seja uma das principais causadoras da necrose da base do pecíolo.
A doença nas lavouras é atribuída à maior precipitação e às altas temperaturas, porém, fatores como excesso de população de plantas, cultivo contínuo da soja, estreitamento nas entrelinhas, uso de sementes infectadas, infestação e dano por percevejo e deficiências nutricionais, principalmente de potássio, levam a uma maior incidência. A Embrapa sugere a rotação de culturas, um espaçamento entre as linhas de 50 a 55 centímetros, população adequada (250.000 a 300.000 plantas por hectare), tratamento químico de semente e manejo adequado do solo, com utilização de adubação potássica.