Mercado e Cia

Mercado agrícola monitora onda de calor nos EUA e demanda da China

Consultoria MD Commodities avalia que milho poderia ser mais impactado que a soja neste momento; porém, mesmo com tempo seco, perspectiva é boa

A onda de calor nos Estados Unidos segue no radar do mercado agrícola nesta terça-feira, 7. De acordo com o sócio diretor da consultoria MD Commodities, Pedro Dejneka, neste momento, o milho estaria mais vulnerável que a soja, que deve ter período crítico entre o fim de julho e início de agosto.

Apesar de o modelo climatológico norte-americano indicar calor forte no meio-oeste dos EUA, ele afirma que as temperaturas noturnas estão dando uma trégua às lavouras do país.

“Estamos saindo de sete a dez dias de clima quente e seco no cinturão, mas o desenvolvimento está bom e a previsão para as próximas duas semanas, apesar de não estar ideal, está boa”, explica.

Demanda da China

Outro assunto monitorado é a demanda chinesa, que segue aquecida quando se trata da soja do Brasil. Porém, a expectativa da consultoria é que como o país comprou muito produto, em meados de setembro, o produtor brasileiro não terá mais grão disponível para comercializar.

“Então entre setembro e janeiro, os chineses não vão ter escolha e vão ter que comprar a soja norte-americana”. Dejneka explica que o volume exportado do grão dos EUA está abaixo do que o estabelecido pela primeira fase do acordo comercial com a China.