A queda no preço do milho se aproxima de 14% no acumulado deste mês, com a saca do grão próxima dos R$ 85 no indicador Cepea. No entanto, nos últimos 12 meses, a valorização chega a 82,81%.
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Para Ênio Fernandes, analista da Terra Agronegócio, o mercado de milho está passando por um momento interessante, já que até pouco tempo vivia um cenário de alta. “Estamos com dúvidas sobre a produção, onde o mercado será abastecido em 40 dias com a entrada da safrinha. A partir daí teremos uma concentração de oferta. Com isso os preços cedem”.
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Segundo Fernandes, a partir do segundo semestre, a demanda externa pode pesar sobre as cotações. “O que vai acontecer depois de setembro vai depender do quando o mercado brasileiro vai exportar, onde teremos uma disputa com o mercado interno. A partir de janeiro a disponibilidade de milho vai ser muito baixa e os preços vão ser novamente inflacionados”, pontua.
Na avaliação de Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, a oferta do cereal voltará a ser restrita na segunda metade deste ano, a partir da quebra de 18 milhões de toneladas. “Com esse desequilíbrio entre oferta em queda e demanda em crescimento, a gente deve consolidar uma tendência de alta para o segundo semestre no mercado de milho”, ressalta.
