Agricultura

Milho: exportação para a China pode encarecer o cereal no mercado interno?

Comentarista do Canal Rural, Glauber Silveira se propôs a responder a tal questionamento

O avanço das negociações para a China passar a importar milho do Brasil não deve afetar negativamente os preços do cereal no mercado interno. É o que avalia o comentarista Glauber Silveira, do Canal Rural. Ele acredita que a produção atual do país tende a atender o público local e o externo.

“Essa questão do abastecimento não é uma preocupação. O Brasil produz mais de 110 milhões de toneladas”, afirmou Silveira ao participar da edição desta sexta-feira (12) do ‘Mercado & Companhia’. Diante desse atual cenário, ele reforçou, inclusive, que há uma “sobra” local de cerca de 30 milhões de toneladas de milho, pois o consumo ficou na casa das 80 milhões de toneladas.

A projeção, de acordo com ele, é que a produção evolua ainda mais para a próxima safra, o que, conforme sinalizou, não deve afetar os preços do milho para os consumidores brasileiros. “A tendência é que, na próxima safra de milho, a gente possa produzir de 120 milhões a 130 milhões de toneladas”, comentou.

Empresas precisam comprar milho

Destacando que a abertura de um mercado como o chinês é positivo para os produtores rurais do Brasil, Glauber Silveira aproveitou a participação no ‘Mercado & Companhia’ para fazer um único alerta: para os preços internos do cereal não sofrerem alterações para o mercado interno, é preciso que as empresas se movimentarem. “Têm que se precaver e comprar o milho.”