O mercado brasileiro de milho demonstrou nesta quinta-feira uma clara alteração do comportamento dos produtores e das cooperativas. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o quadro climático preocupante em determinadas regiões do país trouxe uma retração da intenção de venda, com a falta de chuvas em regiões produtoras. Assim, as cotações ficam melhor sustentadas.
O quadro cambial também remete a esse tipo de decisão, com as recentes altas do dólar, afirma Iglesias. Enquanto isso, alguns consumidores aguardam pelo leilão de venda para reforçar os estoques. As negociações envolvendo a safrinha por sua vez ainda apresentam ótima fluidez, principalmente no Mato Grosso e em Goiás, comenta.
Chicago
O milho em Chicago fechou com preços mais baixos. O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros, acompanhando também o desempenho das vendas líquidas semanais norte-americanas de milho.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2017/18, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 697.100 toneladas na semana encerrada 19 de abril. O número ficou 36% inferior ao da semana anterior e 33% abaixo da média em quatro semanas.
Para a temporada 2018/19, ficaram negativas em 76.600 toneladas. Analistas esperavam de 1 milhão a 1,6 milhão de toneladas, somando as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).