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Mercado e Cia

Milho: geadas provocam alta na B3; para especialista, preço deve subir mais

Na última sexta-feira, 2, o ajuste do vencimento para julho passou de R$ 91,3 para R$ 92,7. O contrato para setembro saiu de R$ 93,44 para R$ 94,60

Os preços do milho na B3, a bolsa de valores brasileiros, tiveram alta de 17% na última semana, de acordo com a consultoria AgResource Brasil. O principal motivo para a valorização da commodity é a geada que atingiu o país nos últimos dias.

Na última sexta-feira, 2, o ajuste do vencimento para julho passou de R$ 91,3 para R$ 92,7. O contrato para setembro saiu de R$ 93,44 para R$ 94,60.

Raphael Mandarino, diretor geral da AgResource Brasil, explica que as geadas foram mais fortes do que o mercado esperava, o que provocou uma perspectiva de queda na produtividade, principalmente na região Sul. “Além da produtividade, as lavouras que sobreviveram ao gelo e as baixas temperaturas devem sofrer também com a queda de qualidade”, diz.

“Outro fator que também deve impactar é a demanda muito forte, que deve mostrar um aumento nos prêmios. Aliado a isso, temos o mercado doméstico, que ainda não precificou completamente essas altas na B3”, enfatiza o especialista.

Para os próximos meses, Mandarino afirma que as cotações do grão têm espaço para subir ainda mais. “Algumas projeções, inclusive, apontam um início de 2022 com preço na casa dos R$ 100 novamente.”

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