Milho: Mato Grosso e Paraná baixam preços com segunda safra, mas crise não terminou

De acordo com analista de mercado, cotações podem passar por um novo período de alta, após fase de preços atraentes até agosto

Fonte: Divulgação/Revista Plantar

No fechamento da última quarta, dia 8, os preços do milho começam a ceder em algumas regiões do país. Mais uma mostra disso ocorreu no Paraná e em Mato Grosso nesta quinta-feira, dia 9. Nas praças pesquisadas pela consultoria Safras & Mercado, não há mais produto da safra de verão e agora a referência de negociação é para a segunda safra, que está com preços menores.

Para comparar: a saca de milho no Paraná, que chegou a R$ 62, agora está em R$ 52 com a nova referência. Em Mato Grosso, a saca, que passava de R$ 40, agora está em R$ 30. Mas isso não é sinal do fim da crise do milho. Para o analista de mercado da Terra Agronegócio Ênio Fernandes, haverá uma janela entre o final de junho e começo de agosto em que os preços do cereal ficarão atrativos. Depois disso, novo período de preços altos. No mercado internacional, dia de queda por causa da valorização do dólar diante de outras moedas.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 4,26 (-3,50 centavos)
Setembro/16: 4,30 (-4,25 centavos)
Dezembro/16: 4,33 (-3,50 centavos)
Março/17: 4,38 (-3,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 60,00
Paraná: 52,00
Campinas (SP): 56,00
Mato Grosso: 30,00
Porto de Santos(SP): 39,50
Porto de Paranaguá (PR): 38,00
 
Soja
 
O mercado brasileiro de soja teve um dia de melhor movimentação e de preços entre estáveis e mais altos nas principais praças de comercialização do país, segundo a Safras & Mercado. A recuperação do dólar, o aquecimento da demanda interna e a elevação dos prêmios pagos nos portos garantiram a melhora nos negócios. O Porto de Paranaguá ronda o recorde histórico de R$ 98,50 a saca. O relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta, às 13h, pode determinar a volta dos R$ 100 pela saca.
 
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago(CBOT) fecharam a quinta-feira com preços perto da estabilidade. Após os ganhos acentuados de quarta, o mercado procurou consolidar uma tendência, aguardando o relatório do USDA.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 11,76 (-1,75 centavos)
Novembro/16: 11,52 (+2,50 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 90,00
Cascavel (PR): 92,00
Rondonópolis (MT): 89,00
Dourados (MS): 86,00
Porto de Paranaguá (PR): 98,00
Porto de Rio Grande (RS): 94,50
 
Café
 
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica com as cotações em baixa. O mercado chegou a subir bem e a atingir os patamares mais elevados em quase um ano, com temores com geadas no Brasil. Mas fatores técnicos, como a realização de lucros pelos investidores especuladores, parou a subida por lá depois de sete sessões. Segundo o analista da Safras & Mercado Gil Barabach, o mercado busca uma direção e a tendência deve ser de ajustes para baixo após o fim das geadas nas regiões cafeeiras.
 
Café em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 133,95 (-5,70 pontos)
Dezembro/16: 138,40 (-5,80 pontos)
 
Dólar e Bovespa
 

Depois de seis baixas seguidas, acumulando queda de 6,71%, o dólar voltou a subir, valendo R$ 3,397, alta de 0,84%. O mercado agora espera as primeiras ações do novo presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, empossado pelo presidente interino Michel Temer. Já o índice Bovespa fechou em baixa de 0,99%, aos 51.118 pontos.