A estiagem está preocupando produtores de milho do meio-oeste de Santa Catarina. De acordo com a Fecoagro, a falta de chuva já demonstra prejuízos nas lavouras do cereal. A estimativa é que as perdas nas regiões de São José do Cerrito e Campo Belo do Sul cheguem a 50%.
O cenário de preocupação também acontece em Mamborê, no Paraná. De acordo com o produtor, Lucas Carvalho, além do tempo seco, as plantações também foram atingidas pela geada que ocorreu na última semana, o que prejudicou o desenvolvimento do milho no período de florescimento e enchimento do grão.
Produção
A consultoria Safras & Mercado reduziu a estimativa de produção para o milho segunda safra, de 73,8 milhões para 69,5 milhões. O número é 6,5% menor que o valor obtido ano passado.
De acordo com o analista Paulo Molinari, isso se deve a falta de chuvas principalmente no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
“A seca realmente pegando muito forte o Mato Grosso do Sul, Paraná e no oeste de São Paulo. Nós tivemos que infelizmente cortar produtividade da safra, devido ao perfil quebra, que atingiu a fase de polinização até o aumento, e infelizmente para o milho isso é fatal. Vamos torcer para que ocorra chuva nesta semana até junho para ajudar no enchimento do grão que ainda resta nas lavouras”, explicou o especialista.
Colheita
“As lavouras de safrinhas estão mais tardias, não está sendo como em 2019, que no fim de maio e início de junho já tínhamos muito colheita em todos os estados produtores. Esse ano foi tudo plantado mais tarde, portanto as colheitas serão mais tardias também”, afirmou Molinari.