Milho: produtor se retrai em busca de preços melhores

Após reverter viés de baixa com a entrada da segunda safra, os agricultores buscam novas altas no valor da saca

Fonte: Canal Rural

O produtor de milho continua em busca de novas altas nos preços pagos pela saca do cereal. Após reverter as quedas no mercado físico com a entrada da segunda safra, a consultoria Safras & Mercado aponta poucas negociações e estabilidade nas cotações do grão. O analista Fernando Henrique Iglesias destaca que os compradores se deparam com estoques limitados. A qualidade do milho recém-colhido em São Paulo oferece uma nova preocupação ao mercado, colocando pressão de alta nas cotações.

 No mercado internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações de hoje com preços mais altos. O cereal manteve o tom positivo, levando em conta as preocupações em torno do clima seco esperado para o cinturão produtor norte-americano em agosto, o que poderia prejudicar as lavouras. O grão no exterior, em patamares baixos, segue descolado dos preços praticados no Brasil, o que diminui a venda de milho para os portos.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,35 (+3,25 centavos)
Maio/17: 3,57 (+2,50 centavos)
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 52,00-54,00
Paraná: 45,00
Campinas (SP): 49,00
Mato Grosso: 35,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00

Soja

Os preços da soja se recuperaram nas principais praças de comercialização do país, seguindo os contratos futuros em Chicago e a alta ao longo da maior parte do dia do dólar frente ao real, as cotações ainda estão longe do esperado pelo produtor, que prefere negociar milho, com cotações bem mais remuneradoras. Os negócios ficaram restritos a pequenos volumes no Rio Grande do Sul e em Goiás.

As cotações da soja na Bolsa de Chicago fecharam a quarta-feira em alta significativa para grão. Pela segunda sessão consecutiva, as preocupações com o clima no início de agosto no Meio Oeste americano deram sustentação aos preços. A boa demanda pela soja  americana também contribuiu para a recuperação.

As condições das lavouras seguem com altos índices de boas a excelentes condições. Por isso, a recente alta – que hoje colocou os contratos agosto e setembro acima da casa de US$ 10 ~ tem mais caráter especulativo, com fundos e especuladores se recuperando tecnicamente, aponta a Safras & Mercado.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,86 (+12,25 centavos)
Janeiro/17: 9,86 (+11,75 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 79,00
Cascavel (PR): 79,00
Rondonópolis (MT): 77,00
Dourados (MS): 72,00
Porto de Paranaguá (PR): 85,00
Porto de Rio Grande (RS): 82,50

Café

O mercado físico brasileiro de café registrou preços estáveis nesta quarta-feira. O dia foi novamente calmo e lento nos negócios. A volatilidade e o fechamento apenas em leve baixa para o arábica em Nova York e para o robusta em Londres não estimularam mudanças no país.

Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 141,20 (-0,40 pontos)
Dezembro/16: 147,30(-0,35 pontos)
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1804,00 (-7,00 dólares)
Novembro/16: 1824,00 (-10,00 dólares)
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 500-510
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 505-515
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 412-415

Dólar e Bovespa

O dólar desvalorizou ante o real no pregão desta quarta-feira, depois da decisão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, decidir pela manutenção da taxa de juros no país entre 0,25% a 0,50% ao ano. O índice Bovespa fechou próximo da estabilidade, alta de 0,12%, aos 56.852 pontos.