Milho transgênico dos EUA deve mudar mercado

Dúvida agora é quando cereal norte-americano pode chegar e quais regiões vão ser beneficiadas com a importação

Fonte: Reprodução/Canal Rural

A liberação das variedades de milho transgênico dos Estados Unidos vai mudar o mercado de milho a partir de agora. Mas ainda é cedo para saber quando o cereal vai chegar ao mercado brasileiro. Passada a fase do CTNBio, são mais 30 dias de análise por parte do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) antes da importação ser efetivada.

Desde a primeira notícia sobre essa importação, em agosto, o Mercado&Companhia ouviu diversos analistas como Daniele Siqueira, da AGRural, Anderson Galvão, da Céleres, Enio Fernandes, da Terra Agronegócio, e Paulo Molinari, da Safras&Mercado. Eles acreditam que as regiões mais próximas aos portos vão ser mais beneficiadas do que o interior. Nenhum deles acredita que isto coloca fim a crise do milho.

No exterior, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações de hoje com preços acentuadamente mais baixos. O mercado realizou lucros e avaliou os números divulgados hoje para a safra brasileira de milho. Os investidores também analisaram a possibilidade de que a área de milho da Argentina possa crescer.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Dezembro/16: 3,40 (-7,25 centavos)
Maio/17: 3,57 (-7,00 centavos)

Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 50,00
Paraná: 38,00
Campinas (SP): 45,00
Mato Grosso: 30,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00

Soja

O mercado brasileiro de soja não teve negócios relevantes nesta quinta-feira. Os preços pouco oscilaram, com os negociadores acompanhando o comportamento volátil do câmbio e de Chicago, os dois principais fatores de formação dos preços.

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mistos. O mercado foi pressionado pelo avanço da colheita americana e a expectativa de uma supersafra no país. O primeiro indicativo para a produção brasileira também contribuiu a pressão.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,58 (+1,75 centavos)
Março/17: 9,71 (+0,25 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 74,50
Cascavel (PR): 76,00
Rondonópolis (MT): 76,50
Dourados (MS): 73,00
Porto de Paranaguá (PR): 77,00
Porto de Rio Grande (RS): 76,00

Café

O mercado físico brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços pouco alterados, à exceção dos cafés mais fracos de qualidade, que tiveram firmeza. O mercado esteve travado, com pouca movimentação e interesse de compradores e vendedores.

Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Dezembro/16: 146,40 (-1,80 pontos)
Maio/17: 151,70 (-1,80 pontos)

Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 515-520
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 510-515
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 465-470

Dólar e Bovespa

O dólar fechou o dia em alta de 0,12%, cotado em R$ 3,223. Já o índice Bovespa subiu 0,65%, aos 60.644 pontos.