Assim como todas as atividades da economia, o turismo rural terá que se adequar a um novo cenário de mudanças provocadas pela pandemia para atender às demandas da população. Segundo Tirso Meirelles, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), o momento é oportuno para pensar em novas ações focadas no turismo rural.
“Temos hoje uma alteração no processo de gestão de trabalho provocadas pela pandemia. O produtor rural precisa estar preparado para investir em ações focadas no conceito de economia criativa, como artesanato e gastronomia e turismo rural. A sociedade vai seguir demando esse tipo de serviço ou produto mesmo com a pandemia, especialmente agora no final do ano”, destaca Meirelles.
Segundo ele, o atendimento ao consumidor deve se preocupar com qualidade sem esquecer dos protocolos sanitários. Meirelles ressalta que os produtores já estão atentos a essas questões, uma vez que 80% deles mudou a gestão da propriedade durante a pandemia.
Investimento
Neste ano, as contratações de crédito com linhas voltadas para o turismo rural tiveram aumento de 30%, de acordo com o Tirso Meirelles. A manutenção da taxa básica de juros pode favorecer o segmento, segundo o presidente do Sebrae. “Com a taxa de juros mais baixa, as pessoas produzem mais e especulam menos. Com maior investimento certamente você terá maior retorno na produção”.
Meirelles destaca, ainda, que qualquer produtor pode se adaptar para fornecer o turismo rural. “O produtor precisa criar um atrativo. Pode ser ligado do turismo, como por exemplo mostrar ao público as nascentes da propriedade rural, ou até mesmo mostrar a uma criança como se tira leite da vaca. Todas as atividades na fazenda podem ser uma novidade interessante para alguém da sociedade urbana”, completa Meirelles.