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Economia

'Não tem Pix no mercado internacional', diz diretor-executivo da Abag sobre situação na Rússia

Para Eduardo Daher, com os bancos russos fora do sistema de mensagens bancárias Swift, o comércio com o país fica inviável

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta que ainda não está claro se a Ucrânia vai conseguir realizar as colheitas durante o conflito e que ainda há incertezas sobre as exportações russas neste ano.

Em comunicado, a agência afirma que as prováveis interrupções nas atividades agrícolas dos dois principais exportadores de commodities podem aumentar seriamente a insegurança alimentar global.

Em fevereiro, o índice de preços dos alimentos da FAO atingiu um recorde e pode subir mais nos próximos meses.

Atualmente, a Rússia é a maior exportadora de trigo do mundo e a Ucrânia está em quinto lugar. Juntos, os países são responsáveis por 19% do fornecimento de cevada, 14% de trigo e 4% de milho. A rússia também é líder na exportação de fertilizantes.

Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Eduardo Daher, com os bancos russos fora do sistema de mensagens bancárias Swift, o comércio com o país fica inviável. 

“Não existe Pix no mercado internacional. Sem o Swift, o produtor de laranja, de suínos, não sabe quando e como vai receber”, afirma. 

Além do colapso financeiro, a guerra também provocou uma insegurança logística na região. “Que armador que vai se arriscar durante a guerra? A escassez de contêineres já foi um problema durante a pandemia. E com o conflito, ele se agrava. Já estão faltando armadores, é um problema”, diz.

Segundo o diretor-executivo da Abag, não adianta o Brasil afirmar que está buscando alternativas para o fertilizantes e para o trigo em outros países, como o Canadá e a Argentina. “Não é só o Brasil, todos os países vão procurar dos mesmos fornecedores. A demanda vai aumentar e o preço vai acompanhar”, explica.

Ainda sobre a guerra, Daher cita o câmbio. “O câmbio chegou a R$ 4,99. Estamos trabalhando com ele na faixa dos R$ 5, mas quanto ele estava quando os insumos foram comprados e quanto ele estará na hora de vender os produtos. Quanto o produtor vai receber pela soja, milho, frango, suíno? É uma preocupação”, diz.

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