Os preços da soja voltaram a atingir patamares históricos no mercado brasileiro nesta semana. Sem oferta, as cotações são, em sua maioria, nominais. O ritmo dos negócios é lento, com operações localizadas, dependendo da necessidade dos compradores.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, no interior do Rio Grande do Sul, houve indicações de preços a R$ 150 para entrega em dezembro e pagamento em janeiro. Em geral, a cotação em Passo Fundo ficou em torno de R$ 145,00.
Segundo o analista de mercado Vlamir Brandalizze, ainda há tempo para o preço da soja crescer um pouco mais, mas há uma limitação. “Estamos em um dos melhores momentos do ano. Ninguém esperava que chegaríamos a tanto em função do quadro acima de US$ 10 em Chicago e mercado brasileiro com níveis recordes de cotação. No entanto, devemos levar em consideração o fato de que, assim que avançar a colheita americana, teremos pressão de oferta. Por enquanto, temos demanda forte da China e oferta limitada.
Segundo o analista, a China já comprou muito mais do que era esperado esse ano. “Atenção, pois o mercado está muito favorável, mas ninguém garante que esses níveis vão continuar tão alto até o fim do ano. O setor de ração já está estrangulado, o farelo está alto, o óleo também. Deve ter limitação de demanda interna, não estamos mais negociando exportação de óleo e farelo. Pode crescer um pouquinho mais, mas o espaço é pequeno”, disse.