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Mercado e Cia

No PR, Sistema Faep/Senar oferece orientação para produtores atingidos pelo clima

Os produtores rurais que tiveram perdas na safra 20/21 podem pedir a renegociação das dívidas dos financiamentos de custeio junto as instituições financeiras

Os produtores rurais do Paraná que tiveram perdas na safra 2020/2021 podem pedir a renegociação das dívidas dos financiamentos de custeio junto as instituições financeiras. Esse instrumento está previsto no chamado Manual do Crédito Rural (MCR) e pode ser utilizado para renegociar débitos em situações de emergência, como quando ocorrem prejuízos por consequência de intempéries.

Nesta temporada especificamente, os agricultores do Paraná tiveram quebras causadas por secas, no início do ano, e geadas, nos meses de junho e julho.

De acordo com estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab-PR), houve quebra significativa na colheita de grãos em 2020/21. O órgão calcula que mesmo com uma área 4% maior serão produzidas 34,4 milhões de toneladas, ou seja, um volume 16% menor do que os 41,2 milhões de toneladas obtidos em 2019/20.

No milho segunda safra, que sofreu principalmente com as geadas das últimas semanas, a quebra deve chegar a 58%, o que representa 8,5 milhões de toneladas a menos do que as 14,6 milhões previstas inicialmente.

Com esse cenário, o Sistema FAEP/SENAR-PR preparou um material para orientar funcionários dos sindicatos rurais e produtores rurais de todo o Estado sobre como proceder para rever os prazos de pagamento dos financiamentos de custeio. O material traz um passo a passo do que precisa ser feito para renegociar os prazos junto às instituições financeiras (disponível aqui). Além disso, há um modelo do documento preenchido pelo produtor que precisa ser entregue no banco (acesse o documento aqui).

Jefrey Albers, coordenador do Departamento Técnico e Econômico (DTE), enfatiza que um dos pontos de atenção para quem for pedir a renegociação é que seja anexado ao processo um parecer feito pelo engenheiro agrônomo que presta assistência técnica ao agricultor. “Esse documento não é necessariamente uma perícia, mas deve ter um relato do que ocorreu na lavoura em questão e a indicação das perdas”, orienta.

O coordenador do DTE reforça que para as solicitações terem respaldo maior, um fator que contribui é o município ter decretado “situação de emergência”. “Os sindicatos rurais foram orientados a cobrar o poder público municipal local, mas os produtores podem também se certificar se há esse decreto e ajudar a pedir que as prefeituras e câmaras municipais providenciem esse status”, diz.

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