A aprovação do Orçamento de 2022 continua repercutindo e mexendo com os mercados.
Delegados e chefes de divisão da Receita Federal entregaram os cargos após cortes nos recursos previstos para o Ministério da Economia em 2022.
Agora, os auditores fiscais federais agropecuários, que são subordinados ao Ministério da Agricultura e responsáveis pela inspeção de produtos agropecuários, também demonstraram insatisfação e pressionam o governo. Outro impasse é que o orçamento de 2022 não prevê a desoneração da folha de pagamento. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), inclusive, manifestou preocupação com o tema.
Segundo o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a confusão é generalizada.
“Orçamento prevê R$ 5 bilhões para campanha política […] R$ 16 bilhões para emendas do relator. Infelizmente essa é a nossa classe política. Existe jeito de isso ser resolvido? Existe. Você tem o teto de gastos, onde é possível criar mecanismos para aumentar a arrecadação, inicialmente gastar um pouco mais e depois economizar mais. Infelizmente isso não vai acontecer. Estão prometendo reforma administrativa, tributária, mas esses aspectos não serão discutidos em ano eleitoral, por mais que tenhamos boa vontade. O Brasil é fantástico, mas a nossa classe política é um desastre. E o país pode ficar décadas sem crescer por causa disso”, afirma.