Novembro não registrava temperaturas tão baixas há cinco anos e, segundo o engenheiro agrônomo Dirceu Gassen, as ondas de frio que estão atingindo o Sul do país podem prejudicar culturas mais sensíveis como o feijão, que precisa de chuvas para se desenvolver.
O clima seco é o foco das atenções dos produtores rurais por causa do fenômeno La Niña. Gassen diz que o mais importante diante disso é a preocupação com o solo, que precisa armazenar água em casos de estiagem. Na fase de floração e enchimento do grão, é importante que os nutrientes sejam absorvidos e uma opção é a cobertura de solo. Segundo Dirceu, não adianta chover muito em apenas um período se não existir sistemas para armazenagem de água.
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Mas se o La Niña pode prejudicar a agricultura no Sul do país, a região Centro-Oeste pode ser favorecida. Isso porque as chuvas devem ser mais frequentes já nesta safra. Mesmo assim, Gassen reforça que o preparo das lavouras é essencial para o sucesso da produção e aconselha os agricultores a investirem de maneira correta, pois a combinação perfeita para fertilidade do solo reúne três elementos: químico (fertilizantes), físico (armazenagem de água) e biológico (mineração de nutrientes).
