A oferta de aves em São Paulo teve uma redução de 10%, segundo a Associação Paulista de Avicultura. Uma das razões é o alto preço do milho, que fez com que muitas integradoras ajustassem o volume de carne produzida para menos. A expectativa da entidade era de uma produção média de 450 milhões de aves nos últimos seis meses, mas o alojamento de pintinhos não vai passar de 406 milhões.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa diminuição na oferta já fez os preços reagirem no mercado interno. O quilo do frango vivo, por exemplo, subiu 7% em apenas um mês. Já os da carne resfriada e congelada tiveram uma alta de 6%.
O presidente da associação, Érico Pozzer, explica que reduzir a oferta de carne de frango foi a única solução encontrada pelo setor. “O mercado de aves encontrou esta maneira de se proteger das altas dos grãos”, afirma.
Outra alternativa adotada pelas integradoras e que vem crescendo este ano é a prática de compra com entrega futura. “Os grandes grupos estão tentando se programar para os próximos meses e até para o próximo ano. Esta é uma medida que vai ser mais recorrente entre nós”, explica Pozzer.