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De olho no clima dos EUA, mercado faz preço de grãos cair

Previsão de chuvas na área produtora norte-americana influencia investidores a realizar lucros no pregão desta segunda-feira, favorecendo a queda das cotações de soja, milho e café no exterior

Fonte: Divulgação/Pixabay

O mercado para as commodities agrícolas iniciou a semana em queda para soja, milho e café no exterior. Junto com a desvalorização do dólar, os preços praticados no país foram influenciados. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), mais um pregão pautado pelo chamado mercado climático, isto é, influenciado pelo clima. Na sexta, dia 17, a previsão de seca fez os preços dispararem. Nesta segunda, dia 20, houve queda para soja e milho por causa da previsão de chuvas na área produtora de grãos nos Estados Unidos.
 
Para a soja, o mercado brasileiro teve um dia lento. A queda combinada dos contratos futuros em Chicago e do dólar afastou os produtores das negociações, travando a comercialização. Segundo a consultoria Safras & Mercado, com o produtor retraído, a oferta está escassa em algumas regiões e, por isso, não há registro de operações.
 
Depois de o mercado ter atingido a casa de R$ 100 no início do mês, os vendedores estão muito seletivos e não fazem questão de negociar por estarem bem capitalizados. A consultoria Safras & Mercado aponta que produtores já negociaram boa parte da safra 2015/2016 e anteciparam também um bom volume para 2016/2017. Em Mato Grosso, por exemplo, onde há mais interesse de compra, os vendedores estão reticentes e aguardam melhores níveis.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 11,43 (-16,00 centavos)
Novembro/16: 11,32 (-15,50 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 89,00
Cascavel (PR): 91,00
Rondonópolis (MT): 88,00
Dourados (MS): 84,00
Porto de Paranaguá (PR): 95,00
Porto de Rio Grande (RS): 94,00
 
Milho
 
No mercado brasileiro de milho, dia de estabilidade. A Safras & Mercado mostra que os negócios seguem avançando de acordo com a colheita da safrinha. Os preços cederam com intensidade no Paraná, Mato Grosso e em São Paulo. Os compradores estão em situação mais confortável para forçar a baixa dos preços no curto prazo.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 4,21 (-16,50 centavos)
Março/17: 4,39 (-13,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 60,00
Paraná: 44,00
Campinas (SP): 46,00
Mato Grosso: 28,50
Porto de Santos (SP): 39,50
Porto de Paranaguá (PR): 38,50
 
Café
 
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da segunda-feira com preços mais altos. Segundo a Safras & Mercado, os preços do café caíram no dia em função das indicações de melhora nas condições climáticas para a colheita da safra nova. Além disso, não há previsões de maiores riscos de geadas no cinturão cafeeiro do Brasil nos próximos dias.
 
Café em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 139,50 (-1,25 pontos)
Dezembro/16: 143,80 (-1,55 pontos)
 
Dólar e Bovespa
 
O mercado segue atento ao plebiscito sobre a saída ou não do Reino Unido da União Europeia. A visão dos investidores de que há mais chances dos britânicos permanecerem no bloco europeu deu mais segurança aos operadores de mercado. Com isso, menos procura pelo dólar. Aqui no país a moeda norte-americana encerrou em queda de 0,64%, cotada a R$ 3,399. Já o índice Bovespa fechou em alta de 1,61%, aos 50.329 pontos.

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