Uma frente fria que está avançando pela costa da região Sul deve manter o tempo instável do norte do Rio Grande do Sul ao interior do Paraná até a metade desta semana.
O sistema também espalha chuvas de moderada a forte intensidade em Mato Grosso do Sul. Estão previstos volumes superiores a 70 milímetros em áreas do Vale do Itajaí (SC), interior paranaense e Mato Grosso do Sul.
Essas chuvas devem beneficiar lavouras de soja do oeste do Paraná e sul e oeste de Mato Grosso do Sul, que apresentavam déficit hídrico desde a primavera.
A partir da metade da semana, as instabilidades se afastam e o tempo seco se intensifica na região Sul. O calor deve aumentar e, no Rio Grande do Sul, novamente são esperadas temperaturas próximas de 40 °C até o fim de semana, principalmente entre a região da Campanha e a Fronteira Oeste, que estão sendo mais afetadas pela irregularidade das chuvas e pelo calor intenso.
Nessas áreas, tanto as lavouras de soja quanto de milho primeira safra devem continuar sendo impactadas pelo estresse térmico e pela falta de umidade.
Chuva nesta semana
A partir desta terça-feira (3), a chuva volta a aumentar também na fronteira agrícola do Matopiba. No meio-oeste da Bahia e no sul do Piauí, do Maranhão e do Tocantins são esperados volumes de água entre 70 e 100 milímetros até a próxima sexta-feira (6).
A chuva continuará frequente e com volumes que variam de moderada a forte intensidade nas demais áreas da região Norte. Porém, em Rondônia não estão previstos volumes expressivos de água, mas a chuva de moderada intensidade ajuda na recuperação da umidade do solo.
A partir desta quarta-feira (4), a frente fria avança pela costa do Sudeste, intensificando novamente um corredor de umidade entre as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, onde estão previstos os maiores volumes de chuva até o próximo fim de semana.
Áreas de São Paulo, sul de Minas e Triângulo Mineiro, Goiás e Mato Grosso podem registrar volumes de 70 a mais de 100 milímetros até a próxima sexta-feira. A chuva forte virá acompanhada por declínio das temperaturas, especialmente no interior do Sudeste, o que indica risco para um período de invernada. Isso pode paralisar momentaneamente as atividades no campo e impactar o desenvolvimento das lavouras.
Regiões produtoras de café da Alta Mogiana, sul de Minas Gerais e Cerrado mais uma vez devem receber os maiores volumes. Nessas áreas, também é maior o risco para tempestades, inclusive com possível queda de granizo.
A partir do dia 10 de janeiro, a chuva volta a se espalhar pelo Centro-Sul, atingindo áreas produtoras dos três estados da região Sul. No entanto, no Rio Grande do Sul a chuva será bastante irregular e ainda insuficiente para recuperação da umidade do solo.
A chuva mais intensa deve ficar concentrada entre a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e o interior do Paraná.
Outro destaque a partir de 10 de janeiro é que as instabilidades perdem força no interior do Sudeste e no Centro-Oeste. As chuvas vão continuar acontecendo aí, mas na forma de pancadas mais isoladas e com menores volumes acumulados em relação à primeira semana do mês.
De 10 a 16 de janeiro
De 10 a 16 de janeiro, os maiores volumes são esperados entre o norte de Mato Grosso e o miolo da região Norte, onde estão previstos mais de 100 milímetros de chuva. Nesse período, as pancadas serão mais escassas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, centro e norte de Minas Gerais e grande parte do interior nordestino.
As precipitações voltam a aumentar no interior do Nordeste e em toda a fronteira agrícola do Matopiba no início da segunda quinzena de janeiro.
Chuvas a partir de 17 de janeiro
Entre 17 e 23 de janeiro, há previsão para volumes bastante expressivos de água em áreas da metade norte do Brasil. Em contrapartida, esse será um período mais seco na região Sul, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Na última semana do mês o padrão volta a se inverter, com as chuvas tornando a aumentar no Centro-Sul e a reduzir no Matopiba.
Neste mês, será possível observar uma grande alternância entre fortes episódios de chuva e períodos mais secos, que possibilitam o desenvolvimento das lavouras e trabalhos de campo em grande parte das áreas produtoras.
Mas é importante destacar os alertas de chuvas fortes no Sudeste, que em alguns momentos devem provocar períodos de invernada e paralisar as atividades no campo. Também podem trazer danos a lavouras de soja e de café da região.
No Rio Grande do Sul, onde ainda não há expectativa de uma regularização das chuvas, é preciso ficar atento para a previsão de calor acima da média, que deve agravar a situação da estiagem e prejudicar a produtividade das culturas de verão no estado.