O dólar chegou a ser negociado a R$ 5,04 nesta quarta-feira, 2, fechando o dia em R$ 5,08. De acordo com o economista-chefe da Frente Corretora, Fabricio Velloni, o movimento se deve, em grande parte, à euforia do mercado com uma recuperação global mais acelerada do que se esperava.
A produção industrial no mundo vem melhorando rapidamente e, no Brasil, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também surpreendeu. Segundo Velloni, isso é bom porque ajuda o governo a controlar a inflação em meio à alta das commodities.
Para ele, a tendência é de dólar abaixo de R$ 5. Porém, caso haja uma terceira onda no Brasil, a moeda norte-americana pode ter novos picos, batendo em R$ 5,20.
O economista Roberto Padovani, do banco BV, afirma que o dólar vem oscilando distante dos fundamentos e do comportamento das demais moedas emergentes há um ano. De acordo com análise dele, o real deveria estar mais próximo de R$ 4,70. Caso o Brasil consiga criar um cenário interno meio ruidoso, a moeda deve caminhar nesta direção.
Podem jogar contra, além de um novo agravamento da pandemia, a alta de juros nos Estados Unidos, o que atrairia investidores para o país e valorizaria o dólar, e a corrida presidencial no Brasil, em 2022.