Quinze países, incluindo a China, assinaram um importante acordo comercial após anos de negociações, representando um desafio inicial para o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, enquanto ele formula suas políticas comerciais.
O acordo de domingo, 15, denominado Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), cria um bloco regional que cobre cerca de um terço da produção econômica global.
Biden disse que esperaria antes de assinar novos acordos comerciais e tentará reunir aliados por trás de uma política mais contundente para enfrentar a China. No entanto, o novo acordo asiático sinaliza que outros países – incluindo aliados dos Estados Unidos, como Japão e Coreia do Sul -estão avançando enquanto isso.
O novo bloco se estende por muitas das maiores e mais vibrantes economias da região da Ásia-Pacífico, que deixou de lado as diferenças geopolíticas para impulsionar o comércio e o crescimento durante a pandemia do novo
coronavírus. Além da China, inclui Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e 10 nações do sudeste asiático, da Indonésia e Vietnã à Tailândia e Singapura.
“Incentivar o livre comércio é ainda mais importante agora que a economia global está em queda e há sinais de que os países estão se voltando para dentro”, disse o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, durante a reunião da RCEP com outros líderes, disse uma autoridade do governo japonês.
A maior economia do mundo, os Estados Unidos, não faz parte do acordo. Estava envolvido na concepção de um bloco diferente denominado Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) que não incluía Pequim e tinha como
objetivo, em parte, conter a influência crescente da China. Mas Washington retirou-se desse pacto, e uma versão modificada foi assinada pelos outros 11 países do agrupamento.