Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Mercado e Cia

Preço das carnes está em alta em julho; entenda o que vem por aí

A valorização das proteínas já reflete nas cotações dos animais. No caso do suíno vivo, por exemplo, dados do Cepea indicam alta de 34,1% em São Paulo

Os preços do complexo carnes registram alta em julho. Com isso, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o suíno vivo em São Paulo já se valorizou 34,1% no mês, o frango congelado avançou quase 4% e o boi gordo subiu 1,8%.

Cesar de Castro, consultor do Itaú BBA, afirma que o mercado de suínos reflete um mês bastante positivo para as exportações, que até a terceira semana apresentam alta de 53% em relação a julho do ano passado. “Se não enfraquecer na última semana, será o melhor mês do ano e da história”, diz. Ele destaca que os embarques de carne bovina também seguem aquecidos.

Ele afirma que o movimento de alta não era esperado com tanta força e as cotações nominais estão acima até de dezembro do ano passado. “Mas conversa com os números de exportação: devemos alcançar 1 milhão de toneladas de carne suína. O normal era de 600 mil toneladas até dois anos atrás. Esse é o novo normal até a China se recuperar [da peste suína africana, que dizimou os rebanhos do país asiático]”, diz.

Segundo o especialista, o auxílio emergencial de R$ 600 — apelidado de coronavoucher, por ter sido criado para apoiar a população em meio à pandemia de coronavírus — também vem ajudando a fortalecer a demanda interna e, consequentemente, os preços das carnes.

Castro afirma que, com base nos dados de janeiro a junho, a China é a grande compradora das proteínas brasileiras. “Mas há sim muitos outros mercados no caso do frango e poucos outros nos suínos e bovinos; a concentração da China em suínos e bovinos está próxima de 70%, quando considerado Hong Kong também”, diz.

O consultor projeta exportações aquecidas até o fim do ano, com a recuperação econômica da China impulsionando. “A lista dos frigoríficos embargados não deve crescer e isso, teoricamente, grande um bom segundo semestre de preços para as carnes. O mercado interno vai ter uma sequela grande da crise, mas enquanto o coronavoucher estiver aí, ajuda. Mais para frente, devemos ter a sazonalidade favorecendo os preços”, pontua.

Cesar de Castro finaliza dizendo que, a despeito de problemas pontuais, o pecuarista está lucrando neste período.

Sair da versão mobile