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Mercado e Cia

Momento de preços recordes do milho pode ter passado; veja tendência

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações registraram queda generalizada nesta quarta-feira, com o produtor liberando parte dos grãos retidos

Os preços do milho tiveram queda generalizada no mercado físico brasileiro nesta quarta-feira, 2. De acordo com o levantamento da Safras & Mercado, das 80 praças pesquisadas, 46 tiveram recuo, 17 ficaram com cotações estáveis e outras 17 registraram altas.

Segundo o analista Paulo Molinari, os preços subiram de maneira até certo ponto irreal durante a colheita da segunda safra. Esse movimento de alta ocorreu em virtude excesso de retenção por parte dos vendedores, que esperavam preços mais altos para o cereal.

Molinari aponta que a necessidade de pagar dívidas gerou pressão de venda por parte de cooperativas e cerealistas de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. De acordo com o analista, as cotações nessas localidades sentiram essa pressão, e, além disso, as ofertas de venda vieram concentradas ao mesmo tempo, gerando peso adicional às cotações.

Tendência

A curva de contratos futuros de milho na B3 teve recuo expressivo nos últimos dias. Os vencimentos que chegaram a operar acima dos R$ 60 até janeiro de 2021, estão rondando R$ 56 por saca. A princípio, Paulo Molinari acredita que os preços recordes em período de colheita da segunda safra passaram e não devem ser renovados no curto prazo. Porém, ele projeta que isso dependerá da necessidade de venda do produtor nas próximas semanas.

Por fim, Molinari lembra que a próxima safra de milho de bom porte será observada apenas em julho de 2021, pois a temporada de verão será pequena. Dessa forma, o estoque de passagem deve ser baixo entre 2020 e 2021, de 8 a 9 milhões de toneladas, segundo a estimativa dele. Sendo assim, os consumidores devem ficar atentos a esse cenário de oferta apertada para composição de seus estoques.

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