Preço da soja nos portos ultrapassa R$ 80 por saca

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Fonte: Ivan Bueno/APPA

O mercado brasileiro de soja teve um dia de preços firmes e de bom volume de negócios. Apesar de Chicago ter caído, o dólar subiu bem e os prêmios de exportação atingem níveis históricos, movimentando o mercado brasileiro.

Em Campinas (SP), a disputa entre comprador e vendedor se intensifica enquanto o volume de negócios segue praticamente nulo. Nos últimos dias, o avanço dos prêmios de exportação e da taxa de câmbio, acima dos R$ 3,30, destravou as negociações de soja.

De acordo com a XP Investimentos, negócios em Santos (SP) já são fechados com frequência acima dos R$ 80 por saca, níveis não observados desde 2016.

Animados, produtores e intermediários mudam novamente o foco dos negócios para a oleaginosa, mas deixando a comercialização de lado. Isso porque postura retraída vem sendo a melhor estratégia adotada por estes para sustentar preço. Além disso, o atraso na comercialização, ao menos no curto prazo, não preocupa.

Houve registro de negócios envolvendo 50 mil toneladas no Rio Grande do Sul e 30 mil no Paraná. Na Bahia, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, o volume ficou em torno de 20 mil toneladas em cada um dos estados.

Chicago

Os contratos futuros fecharam a terça-feira com preços em baixa, revertendo os ganhos iniciais. O mercado repetiu o desempenho de ontem: subiu no início da sessão, mas não sustentou a valorização a partir do meio-pregão.  

A alta do dólar frente a outras moedas determinou a reversão. Com o dólar firme, as exportações de produtos agrícolas dos Estados Unidos perdem competitividade. As indefinições na guerra comercial entre Estados Unidos e China também contribuíram para o recuo.  

Os agentes também começam a se posicionar frente ao relatório de intenção de plantio dos Estados Unidos, que será divulgado na quinta pelo Departamento de Agricultura norte-americano, o USDA. A previsão é de um relatório baixista, com área recorde a ser plantada pelos produtores daquele país.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo recuou US$ 2,60 por tonelada (0,69%), sendo negociada a US$ 372,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 31,58 centavos de dólar, ganho de 0,12 centavo ou 0,38%.