De acordo com o Cepea, novamente as chuvas mais regulares nas regiões produtoras e a valorização do dólar frente ao Real levaram a este cenário.
Em fevereiro, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor recuou 3%, fechando a R$ 432,00 a saca de 60 quilos no dia 27. Na quarta, dia 4, o Indicador fechou em R$ 431,50, queda de 0,34% em sete dias.
Já o robusta, após chegar ao maior valor nominal da série do Cepea para o produto no dia 13 de fevereiro, de R$ 310,16 a saca, voltou ao mesmo patamar do início do mês, influenciado pelas quedas do arábica. O Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima subiu 0,68% em fevereiro, a R$ 290,92 a saca de 60 quilos no dia 27. Na semana, o Indicador ficou praticamente estável (+0,16%) fechando a R$ 293,02 a saca, na quarta.
Clima
A irregularidade de chuva e o calor pressionam para baixo estimativas de produção. Segundo o Conselho Nacional do Café (CNC) alertou que a safra do ano que vem pode ser comprometida com o baixo índice de vegetação dos cafezais no país devido ao tempo quente e seco. Em janeiro, as chuvas ficaram abaixo da média histórica no sul e no cerrado de Minas Gerais, duas principais regiões produtores.
Segundo o pesquisador da Fundação Pró-Café Alysson Fagundes, os grãos de café sofreram queimaduras durante o processo de granação, mesmo com o sistema de irrigação. Isso acontece em razão do forte calor que atinge a área sul de Minas Gerais. Ele destaca que, mesmo que comece a chover com a devida regularidade a partir de agora, as perdas que já foram registradas não podem regredir.