- Boi: escalas de abate seguem confortáveis e arroba acomodada
- Milho: preços sobem no mercado físico e no futuro
- Soja: cotações seguem estáveis
- Café: futuros acumulam alta de 5,9% na semana em Nova York
- No Exterior: inflação ao produtor surpreende negativamente nos EUA
- No Brasil: setor de serviços cresce bem acima do esperado em junho
Agenda
- Brasil: IBC-Br de junho (Banco Central)
- Brasil: dados sobre as lavouras do Mato Grosso (Imea)
- EUA: preços de bens exportados de julho
Boi: escalas de abate seguem confortáveis e arroba acomodada
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o cenário de escalas de abate confortáveis e alongadas segue dominando o mercado do boi gordo no Brasil. Apesar do ambiente favorável, a consultoria ressalta que as cotações têm se mantido firmes, variando entre a estabilidade e até algumas leves altas pontuais. Até o final do ano, a atenção estará mais voltada à demanda doméstica.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia em que as baixas predominaram na curva, mas com ritmo bastante moderado, como têm sido o padrão dos últimos dias. O vencimento para agosto passou de R$ 318,20 para R$ 318,15, do outubro foi de R$ 323,75 para R$ 323,05 e do novembro foi de R$ 329,95 para R$ 328,80 por arroba.
Milho: preços sobem no mercado físico e no futuro
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços mais altos. A cotação variou 0,63% em relação ao dia anterior e passou de R$ 98,35 para R$ 98,97 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 25,84%. Em 12 meses, os preços alcançaram 80,67% de valorização.
Na B3, a curva de contratos futuros do milho chegou ao terceiro dia de alta e grande parte dos vencimentos voltaram a superar R$ 100 por saca. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 99,15 para R$ 100,03, do novembro foi de R$ 99,82 para R$ 100,46 e do março de 2022 passou de R$ 100,53 para R$ 101,20 por saca.
Soja: cotações seguem estáveis
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -0,05% em relação ao dia anterior e passou de R$ 170,39 para R$ 170,31 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 10,66% e em 12 meses, os preços alcançaram 36,36% de valorização.
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja apresentaram comportamento semelhante e tiveram um dia de leve ganho. O vencimento para novembro teve uma alta diária de 0,07% e passou de US$ 13,40 para US$ 13,41 por bushel. Como o relatório do USDA trouxe números para a safra e estoques finais próximos da expectativa de mercado, as cotações não tiveram grande reação.
Café: futuros acumulam alta de 5,9% na semana em Nova York
Na bolsa de Nova York, os contratos futuros do café arábica tiveram alta consistente pelo quarto dia consecutivo e acumularam uma variação positiva de 5,9% na semana. O vencimento para dezembro subiu 1,39% no dia e passou de US$ 1,87 para US$ 1,896 por libra-peso. Caso a projeção climática no Brasil aponte para novas ondas de frio, as cotações podem voltar a superar US$ 2,0 por libra-peso.
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no mercado brasileiro acompanharam novamente a força do exterior. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.030/1.035 para R$ 1.035/1.040, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 1.040/1.045 para R$ 1.045/1.050 por saca.
No Exterior: inflação ao produtor surpreende negativamente nos EUA
O índice de preços ao produtor teve uma alta de 1,0% em julho nos EUA na comparação com junho. A expectativa dos analistas era de uma variação de 0,6%. Na comparação anual, a inflação ficou em 7,8%, ante projeção de 7,3%. O núcleo do indicador também ficou acima do esperado e variou 1,0% em comparação com uma estimativa de 0,5%.
Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos ficaram em 375 mil na última semana e se situaram em linha com as projeções de mercado. O resultado acabou ficando um pouco abaixo da semana anterior. Os índices de ações tiveram leve alta mesmo com a surpresa negativa da inflação ao produtor.
No Brasil: setor de serviços cresce bem acima do esperado em junho
O volume de serviços apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 1,7% em junho na comparação com maio e 21,1% ante mesmo período do ano passado. A projeção dos analistas de mercado era de avanço bem menor, de 0,2% no mês e de 17,5% na comparação anual. O setor pode ganhar velocidade na recuperação com a melhora do ritmo da vacinação.
Na agenda econômica de hoje, o destaque é a divulgação do IBC-Br de junho. O Banco Central consolida os dados mensais da indústria, do varejo, dos serviços e da agropecuária, para calcular uma prévia do resultado do PIB. Como o IBGE divulga o PIB apenas de maneira trimestral, o IBC-Br é visto como um bom termômetro da economia brasileira.