As condições climáticas prejudicaram a safra de feijão carioca no Brasil e em algumas praças o produto já está em falta. Durante entrevista para a primeira edição de Mercado & Companhia desta quarta, dia 25, o analista de mercado da Correpar, Marcelo Lüders, disse que em Minas Gerais, principal fornecedor de São Paulo nesta época do ano, os estoques já estão chegando ao fim e isso afeta o abastecimeto no estado paulista. O resultado é um novo recorde para a saca de feijão, que chegou a R$ 330,00 nesta terça, dia 24, alta de 117% em relação ao mesmo período do ano passado.
A tendência é de que os preços continuem subindo, apesar do avanço da colheita das safras do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Durante entrevista para a segunda edição de Mercado & Companhia desta quarta-feira, dia 25, a analista de mercado da Unifeijão, Sandra Hetzel, disse que as chuvas previstas para os próximos meses devem interromper a colheita e prejudicar a qualidade do grão. Mas ao contrário de Lüders, Hetzel não acredita em desabastecimento do mercado.
A analista também diz que assim que o preço do carioca chegar ao seu limite de alta, os consumidores vão diminuir a procura pelo produto, mas, até lá, os preços não devem cair.
Ela finaliza dizendo que uma alternativa para os consumidores que não querem pagar caro pelo feijão carioca é a compra do feijão preto, que subiu mais de 45% em relação ao mesmo período de 2015.