Enquanto alguns produtores gaúchos ainda não terminaram o plantio da soja por conta da falta de umidade, em Mato Grosso a colheita do grão já começou, de acordo com o monitoramento da safra feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As chuvas volumosas em Mato Grosso favoreceram o desenvolvimento das lavouras e a recuperação da umidade do solo.
Nesta quarta-feira (27), a formação de uma nova Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) deve aumentar as condições para ocorrência de chuva forte em São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rondônia. Isso pode obrigar a paralisar os trabalhos de campo momentaneamente, mas ajuda as lavouras que ainda estão em desenvolvimento.
As chuvas devem beneficiar áreas produtoras de Mato Grosso do Sul e sul de Goiás e de Mato Grosso, que vinham enfrentando irregularidades. Por outro lado, podem trazer transtornos para áreas em São Paulo e sul de Minas Gerais. Nessas áreas são esperados volumes que podem chegar a 150 milímetros até o fim do ano.
Além da chuva volumosa, há risco para tempestades, até mesmo com granizo, na região Sul, em áreas produtoras de São Paulo e do sul de Minas.
Chuva na região Sul
No Sul, áreas de instabilidade vão espalhar chuvas de fraca a moderada intensidade até a próxima quarta-feira, beneficiando áreas produtoras do norte gaúcho.
Na segunda metade da semana, as instabilidades diminuem e o calor volta a se intensificar. O destaque serão as temperaturas máximas, que até sábado (31) podem ultrapassar 40 °C no meio-oeste do Rio Grande do Sul.
A partir do domingo (1º), uma intensa área de instabilidade volta a espalhar chuvas pelo interior da região Sul. São esperadas pancadas de moderada intensidade, que ajudam na recuperação da umidade do solo e aliviam o calorão. Apenas as áreas do extremo sul gaúcho não devem receber volumes significativos.
As chuvas não serão duradouras no Sul do país. A frente fria deve avançar rapidamente em direção à costa do Sudeste, onde deve reforçar as pancadas na primeira semana de janeiro.
Mais uma vez, os maiores volumes de água são esperados para áreas entre São Paulo e sul de Minas Gerais, onde o risco para transtornos aumenta no início de janeiro.
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