Choveu granizo no Paraná no domingo, 5, e a condição permanece, segundo a meteorologista Desirée Brandt. “É uma precipitação perigosa, com potencial para ventania, raios e granizo”, alerta. Além disso, uma área de instabilidade deve se formar do Paraguai ao interior da região Sul, provocando fortes temporais.
Apesar disso, comenta a especialista, volume de chuva que é bom, por enquanto, nada, principalmente no Rio Grande do Sul, onde as lavouras de verão estão sofrendo bastante com a seca.
“Até a semana passada, anunciávamos uma chuva melhor a partir desta semana, mas as últimas atualizações [nos mapas meteorológicos] estão empurrando essas precipitações mais para frente. Agora, o acumulado não será expressivo e as pancadas serão mal distribuídas”, diz.
De 7 a 11 de janeiro, a chuva se concentra da costa do Sudeste ao Norte, variando de 50 a 70 milímetros, e atinge o oeste do Paraná. De terça para quarta, o estado pode registrar 50 milímetros.
Entre 12 e 16 de janeiro, a precipitação até migra um pouco mais para o Sul, pegando o norte do Paraná, mas o restante da região continua com baixos acumulados.
Até o dia 21 de janeiro, a chance de reverter o quadro de escassez hídrica no Sul ainda é muito pequena, afirma a meteorologista. “No Paraná, apesar de chuvas irregulares, há água disponível no solo, mas no Rio Grande do Sul, os índices estão abaixo de 50% e o calorão continuará”, comenta.
“Há uma grande diferença mesmo dentro do Sul”, resume Desirée Brandt. O município de Venâncio Aires (RS) deve registrar 18 dias chuvosos de 6 de janeiro a 6 de fevereiro, somando 105 milímetros. “É importante dizer que não é uma chuva abrangente e garantida; chove forte em um canto, mas não em outro. Não será parelha, mas nos fins de tarde”, explica.
Já Toledo (PR) deve ter 22 dias de chuva no mesmo período, acumulando 363 milímetros, sendo que o pico de precipitações será a última semana do mês.