Nos próximos dias, um bloqueio atmosférico vai dificultar o avanço das frentes frias e de ondas de frio mais intensas pelo interior do Brasil. Com isso, a chuva deve ficar restrita às áreas mais ao sul na América do Sul, atingindo o leste
da Argentina, Uruguai e fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.
Até a metade desta semana, a passagem de uma frente fria deve provocar episódios de chuva no Rio Grande do Sul, mas com volumes menores em relação aos últimos eventos. Na Campanha e no sul do estado, onde estão previstos os maiores volumes, deve chover de 20 a 30 mm. O sistema vai se afastar rapidamente na metade da semana e não deve provocar grandes mudanças no tempo nas demais áreas do Centro-Sul.
A partir do fim de semana, há previsão para novos episódios de chuva, de forma isolada e com acumulados baixos em áreas do sul e da Campanha do Rio Grande do Sul. Mais uma vez, esses episódios não devem se espalhar sobre o interior da região.
Redução de chuva favorece trigo
A redução das chuvas no norte gaúcho favorece o avanço do plantio do trigo, que vinha sendo dificultado pelo excesso de umidade. As condições de tempo seco e temperaturas mais elevadas favorecem a semeadura do cereal, além da maturação e colheita do milho segunda safra, também no Paraná.
Na segunda metade da próxima semana, entre os dias 8 e 10 de julho, uma nova frente fria, mais intensa e organizada, volta a espalhar as chuvas no Centro-Sul. Os volumes mais expressivos devem continuar ocorrendo na metade sul do Rio Grande do Sul, mas episódios mais isolados e com moderada intensidade devem se espalhar pelo interior de Santa Catarina e do Paraná, na metade sul de Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo.
Nas demais áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, as próximas semana serão marcados por tempo seco e temperaturas máxima em elevação. Isso beneficia as atividades de colheita de cana-de-açúcar, algodão e milho segunda safra.
Há previsão de tempo seco também ao longo das próximas duas semanas no interior do Matopiba, enquanto as chuvas vão continuam frequentes e volumosas na faixa leste do Nordeste. Há alerta para volumes expressivos em toda a faixa litorânea entre Alagoas e Rio Grande do Norte, com mais de 100 mm, nos próximos sete dias. No período de 5 a 11 de julho, as chuvas se intensificam também no leste da Bahia e em Sergipe.
Na faixa norte do Brasil as chuvas continuam, mas com volumes menores em relação aos últimos períodos e inferiores ao que é normal para a época do ano, principalmente em Roraima e no norte do Amazonas.
Temperaturas
Assim como as chuvas, o frio mais intenso deve ficar restrito às áreas mais ao sul na América do Sul pelo menos até a metade da próxima semana. As últimas atualizações das previsões para as próximas semanas passaram a indicar o avanço de uma nova e intensa massa de ar de origem polar no Centro-Sul, por volta do dia 10 de julho, após a passagem da frente fria que deve romper o bloqueio atmosférico.
Estão previstas temperaturas bastante baixas, com potencial para geadas, do interior gaúcho ao centro-sul paranaense. As temperaturas devem diminuir de forma acentuada também em Mato Grosso do Sul e São Paulo após o dia 10, mas, por enquanto, nesses estados não há indicativo para ocorrência de geada.
Pelo que tudo indica, nesse evento, as temperaturas devem diminuir na maior parte da área central do Brasil e há expectativa para friagem em Rondônia e no Acre.
As previsões estendidas indicam o avanço de uma nova frente fria mais intensa no início da segunda quinzena de julho. Esse sistema tem potencial para chuvas fortes no interior da região Sul e faixa leste do Brasil, e deve vir acompanhada por um novo declínio acentuado das temperaturas nas áreas mais ao sul no país.