Previsão de elevação da taxa de juros dos EUA movimenta mercado

Expectativa de elevação das taxas pelo banco central americano faz cotações futuras da soja e do milho baixarem nesta quinta-feira

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

A possibilidade de elevação dos juros dos Estados Unidos para junho, divulgado pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano, nesta quarta-feira, dia 18, movimentou o mercado e causou impactos diretos nos preços das commodities. Durante todo o pregão desta quinta, dia 19, as cotações nas bolsas de Chicago e de Nova York operavam em função dessas notícias.

A moeda norte-americana fechou com valorização de 0,22%, cotada no Brasil a R$ 3,567, refletindo o cenário internacional e aguardando as medidas do novo governo no país. O índice Bovespa fechou com 50.132 pontos, queda de 0,85%, com investidores absorvendo as informações do FED.

Grãos

Em Chicago, as cotações da soja caíram com o avanço do dólar. O fortalecimento da moeda torna as commodities produzidas nos EUA menos competitivas no mercado de exportação. Assim, derrubar os valores é uma forma de impedir que isso aconteça. O clima mais seco no país também pesou na formação dos preços, já que isso favorece o início do plantio da soja. No contrato de julho, o mais curto, a cotação fechou a US$ 10,71 o bushel (equivalente a 27,21 kg), com queda de 3,75 cents. Para o milho, a queda do contrato de julho foi de 9,50 cents por bushel (25,4 kg) e fechou a US$ 3,97 o bushel, refletindo também a previsão do FED de aumentar os juros.

Os contratos de café também operaram em baixa durante o dia, monitorando a volatilidade do dólar, e fecharam no campo negativo, tanto na bolsa de NY quanto na bolsa brasileira. No caso da BM&F, a queda ultrapassou os 7% com o contrato de setembro caindo para US$ 147,95 por libra-peso (equivalente a 0,45 kg).