As chuvas vão continuar bem acima da média no Rio Grande do Sul nos próximos sete dias. Por outro lado, teremos pouca chuva nos outros estados do Sul e tempo seco no Sudeste e Centro-Oeste, permitindo a retomada dos trabalhos de campo. O preparo do solo já está sendo feito para a instalação das culturas de primavera, como o milho das águas e a soja do Paraná, já que em breve termina o vazio sanitário.
No início da próxima semana, a temperatura volta a cair no Rio Grande do Sul, mas não há expectativa de geadas. A mínima deve chegar a 5 °C no sul gaúcho na segunda-feira, 31, e a máxima não deve passar de 12°C. Desta vez, a onda de frio não vai conseguir avançar muito além do estado. “Existe risco de frio tardio, mas não tão amplo como na semana passada, no fim do mês. Erechim só mostra temperatura abaixo de 5°C perto do dia 25 de setembro”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar. Segundo ele, o produtor vai arriscar, porque pior seria se o frio viesse forte no início do mês.
Algo que começa a aparecer nas previsões estendidas de tempo é a chuva que avança na segunda semana de setembro no Paraná, o que vai coincidir com o término do vazio sanitário no estado. Diferente dos últimos anos, essa umidade vai permitir uma instalação bem mais precoce, o que pode ajudar lá na frente a instalação de milho segunda safra mais próxima da data.
As chuvas que vão acontecer no Rio Grande do Sul são boas para aumentar o nível das barragens que está baixo. O problema para o estado é que a chuva vai ficar dentro da média apenas no trimestre setembro-outubro-novembro. Já no trimestre dezembro-janeiro-fevereiro, os volumes vão ficar abaixo do esperado “Choverá para aumentar o nível dos reservatórios, mas não na sua totalidade”, diz. De acordo com o meteorologista, é importante ter cautela e instalar o arroz somente em áreas baixas, apesar da vontade de expandir a área.