Alguns municípios do Matopiba — região produtora formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — estão há mais de 10 dias sem chuvas significativas. De acordo com a Somar Meteorologia, em boa parte das cidades a umidade do solo varia de 10% a 30%, abaixo do ideal para o desenvolvimento adequado das lavouras.
Em Luís Eduardo Magalhães (BA), por exemplo, já são 11 dias sem chuva agrícola. Mas a previsão do tempo indica que, de 17 de janeiro a 17 de fevereiro, o município registrará 25 dias chuvosos. Nesse período, o acumulado previsto é de 483 milímetros. “A chuva reduz no início de fevereiro, mas retorna depois do dia 7”, comenta o meteorologista Willians Bini.
Uruçuí (PI) não registra precipitações significativas há 10 dias, mas os modelos meteorológicos mostram que a regularização das chuvas nos próximos dias. Dos próximos 30 dias, choverá em 29 dias, acumulando 373 milímetros. “Embora não sejam acumulados muito elevados, a regularidade é importante”, diz.
Por influência da Amazônia, a estiagem em Gurupi (TO) é bem mais moderada, chegando a três dias. Até 17 de fevereiro, a previsão é de 28 dias de chuva, com acumulados em torno de 339 milímetros.
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Chuvas no restante do país
Bini comenta que a frente fria que causou transtornos no Rio Grande do Sul passou muito rapidamente e o tempo firme já retorna à região, com redução de volumes também em parte de Santa Catarina.
As precipitações mais volumosas continuam no Centro-Oeste. Entre 23 e 27 de janeiro, cidades de Mato Grosso e Goiás podem registrar chuvas de mais de 100 milímetros. “Há, inclusive, condição para invernada”. Perto do fim do mês, as pancadas podem retornar ao extremo sul, mas ainda sem grandes volumes.